Bullying e cyberbullying são problemas sérios que afetam muitos estudantes
No passado, o bullying era praticamente ignorado por professores, diretores e pais. Nesse caso, os professores faziam bullying contra os alunos, dando apelidos infelizes e fazendo com que se tornassem alvos de zombaria. Quando uma criança reclamava com os pais sobre algo que estava acontecendo com ela, a resposta deles era: “Ignore, a brincadeira perde a graça e eles param”. Os pais faziam isso porque não podiam falar sobre psicologia nas mídias de massa. Pessoas que se sentiam tristes ou deprimidas com essas questões eram chamadas de “fracas”.
O bullying é uma atuação em grupo. Ele ajuda a criar uma identidade, especialmente na adolescência. Nossos estudantes formam grupos por causa de seus interesses e comportamentos. Cada adolescente escolhe e espera ser aceito por um grupo diferente. Ele está “testando”, tentando encontrar um “rótulo” que melhor categorize a sua personalidade em formação. Se você é rejeitado por grupos que fazem bullying por causa de sua aparência, status social, identidade de gênero ou personalidade, pode se sentir isolado e triste. No ambiente escolar, essas formas de “rótulos” podem ter consequências devastadoras, afetando não apenas o bem-estar emocional, mas também o desempenho acadêmico.
Diferença entre bullying e cyberbullying
O bullying tradicional ocorre quando um aluno é alvo de agressões físicas, verbais ou sociais por parte de colegas. Enquanto o bullying acontece presencialmente, o cyberbullying manifesta-se através de dispositivos eletrônicos, como smartphones e computadores. As redes sociais e mensagens online podem amplificar o impacto do bullying, tornando-o difícil de escapar. É essencial que os alunos compreendam as divisões dessas ações e que sejam capacitados a agir de maneira moral e humana, tanto online quanto offline.
As consequências do bullying e do cyberbullying podem ser violentas e permanentes
O bullying, por se tratar de uma agressão praticada por crianças ou adolescentes contra crianças ou adolescentes, é uma questão especialmente preocupante que demanda um trabalho sério e multidisciplinar, pois suas consequências podem ser graves, ocasionando em suicídios ou ataques, como foi o lamentável caso que ocorreu dia 09 de abril desse ano com o adolescente Carlos Teixeira, de 13 anos que morreu após ter sido espancado por colegas de uma escola estadual no litoral paulista. Além do fim trágico, as vítimas também podem experimentar problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão, e até mesmo desenvolver traumas que as acompanham durante a vida.
Mobilização da sociedade contra o bullying
A democratização política do país, alcançada com grande esforço e mobilização do povo, gradualmente foi fixando um novo cenário cultural popular. As mídias tiveram mais liberdade para tratar de todos os assuntos e, consequentemente, as questões psicológicas entraram em pauta. As agressões, antes “institucionalizadas”, foram discutidas e repudiadas. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que entrou em vigência em 1990, é fruto da efervescência sociocultural e criou leis que protegem as pessoas mais “fracas” da sociedade, como crianças, idosos, pessoas com deficiência e animais.
Desenvolver uma cultura de respeito e empatia nas escolas
Os alunos devem ser incentivados a denunciar qualquer forma de ameaça que testemunhem ou experimentem, sabendo que serão apoiados pela escola e pela comunidade. Além disso, programas educacionais sobre habilidades sociais e emocionais podem ajudar a criar um ambiente mais positivo, onde a diversidade é praticada e o bullying não tem lugar. É de suma importância que toda a comunidade escolar esteja envolvida na prevenção e intervenção desses comportamentos perigosos.
Combater o bullying e o cyberbullying é responsabilidade de todos nós
Educadores, pais, alunos e comunidades devem unir forças para criar um ambiente escolar seguro e receptivo, onde o respeito e a compaixão sejam os valores vitais. É fundamental que escolas adotem medidas proativas para prevenir e combater esses comportamentos prejudiciais. Os profissionais de ensino devem informar às crianças e adolescentes sobre os riscos da internet, as consequências, promover pesquisas, projetos e outras ações na escola que contribuam no combate contra o bullying e o cyberbullying.
Sua opinião é importante
E você, qual é o seu ponto de vista sobre o bullying e cyberbullying nas escolas? Você acredita que é possível combater tais desafios? Ou considera algo impossível? Compartilhe sua opinião nos comentários abaixo. O Colégio Carmo Mangia valoriza sua contribuição nessa discussão em busca de um ambiente educacional equilibrado e propício aos estudantes.