Precisamos falar sobre o uso excessivo e pouco saudável das redes sociais

Não, nós não somos contra as redes sociais. Tanto que temos perfis nelas. Mas queremos aproveitar o Setembro Amarelo para fortalecer um alerta.
Todos nós – principalmente os educadores e as famílias – precisamos estar muito atentos ao uso excessivo e aos comportamentos pouco saudáveis que acabam surgindo desses ambientes on-line.
Principalmente se você tem filhos que ainda são crianças ou adolescentes,
continue aqui e vamos refletir juntos sobre:

  •  O que as redes sociais têm a ver com o Setembro Amarelo.
  •  De que formas as redes sociais estão afetando a saúde mental das crianças e adolescentes.
  •  O que dizem estudos envolvendo jovens, redes sociais e saúde mental.
  •  O que os pais podem fazer para minimizar o tempo de rede social das crianças e adolescentes.
  •  O que podemos fazer juntos por essa causa.

O que as redes sociais têm a ver com o Setembro Amarelo

Sim, Instagram, TikTok, Facebook, X e afins têm ligação com o Setembro Amarelo (campanha brasileira de prevenção ao suicídio que já existe há quase 10 anos).
Segundo uma pesquisa realizada no Reino Unido, a #StatusOfMind, o excesso de redes sociais leva a uma série de sofrimentos psicológicos e problemas relacionados à saúde mental (vamos comentar alguns mais a frente).

Para adiantar umas das constatações do estudo, crianças e adolescentes que passam mais de duas horas nesses ambientes têm mais chance de desenvolver quadros de ansiedade e depressão – e vale lembrar que ambos podem levar a pessoa a tirar a própria vida.

De que formas as redes sociais estão afetando a saúde mental das crianças e adolescentes:

Grande parte da depressão e da ansiedade comentadas são reflexo de outros
problemas desencadeados pelas redes, como, por exemplo:

  •  Tendência a comparações injustas e irreais – afinal o que as pessoas mostram nessas plataformas são trechos estanques, momentos aparentemente felizes, muitos deles com filtros, edições de imagens e até situações forjadas, que obviamente causam danos, quando são comparados com o dia a dia real.
  • Baixa autoestima com sentimentos de insatisfação e inadequação, insuficiência e competitividade – essas comparações levam também as pessoas que veem as postagens a percepções distorcidas e negativas do seu próprio contexto de vida, envolvendo uma grande insatisfação com seus relacionamentos, ambientes familiares, autoimagem etc.
  •  Síndrome do F.O.M.O. (Fear Of Missing Out) – que é uma sensação de estar perdendo experiências, enquanto todos os outros estão curtindo intensamente cada minuto.
  • Desejo exagerado de recorrer a cirurgias plásticas – esse é mais um
    sintoma gerado pelo sentimento de insatisfação com o próprio corpo ou
    rosto

Vale lembrar que a infância e a adolescência são fases de formação fundamentais.

O que dizem estudos envolvendo jovens, redes sociais e saúde mental

Esse estudo do Reino Unido não foi o único realizado sobre o tema.

Existem muitos outros em diferentes países, e no conjunto, são apontados problemas como os que apresentamos acima e mais:

  •  risco de exposição a conteúdos perigosos, até mesmo ligados à automutilação
    transtornos alimentares
  •  dificuldade de romper com o hábito de estar nas redes (classificando o comportamento quase como um vício)
  •  menor foco nos estudos
  •  desmotivação
  •  insônia etc
  • O que os pais podem fazer para minimizar o tempo de rede social das
    crianças e adolescentes

A gente sabe que a briga não é justa.

De um lado, as redes sociais são projetadas por alguns dos mais talentosos designers e engenheiros do planeta com a intenção de manter as pessoas naqueles ambientes pelo maior tempo possível.

Do outro, os pais e as famílias levam vidas corridas, cheios de compromissos e
preocupações.

De qualquer forma, vale a pena repensar e priorizar algumas atitudes com seus
filhos, como:

  •  negociar tempos limitados de uso diário nas redes sociais
  •  estimular atividades ao ar livre, leituras de livros e vida “off-line”
  •  conversar mais cara a cara e menos pelo celular
  •  participar sempre que possível de eventos e festinhas presenciais na escola, no clube, na família
  •  expor esse tema e envolver os filhos – principalmente se já forem adolescentes – na busca de possíveis soluções
  •  servir de exemplo e também reduzir o tempo de telas e mídias sociais

O que podemos fazer juntos por essa causa

Ninguém sabe ainda com extrema precisão o impacto de tudo isso.

O certo é que nossas crianças e adolescentes estão vivendo uma crise mental. E vários estudos apontam para uma forte associação entre os problemas apresentados e o tempo de exposições às redes sociais (que não deve ser maior do que duas horas por dia).

Mas a conscientização é o primeiro passo.

Precisamos promover reflexões, nos mobilizar e cobrar ações, seja dos formuladores de políticas, seja das empresas de tecnologia.

Tudo por mais segurança e saúde nesses ambientes digitais.

Se você também se preocupa com o tema, aproveite para compartilhar esse blog com amigos e parentes que tenham filhos. Vamos apostar na força do coletivo para resolver esse assunto tão sério.

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